quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Como será amanhã?

Como trilharei meu caminho?
Se eu quiser gravar um segundo CD, como farei? Será que vou colocar mais canções minhas do que dos outros? Ou vou seguir como intérprete?
Vou querer fazer algo novo (e difícil) ou vou optar pelo mais fácil e garantido, que é delicioso e indolor?
Vou gravar uma (ou duas) do Sandro Dornelles? 
Será que vou gravar de novo uma canção do Caetano? Vou fazer disso uma tradição, afinal – uma canção do Caetano por disco?
Vou ousar mais? Vou manter a mesma onda musical? Vou deixar a influência do rock ficar mais presente? Vou manter a brasilidade? Vou deixar estas duas facetas caminharem juntas?
Vou gravar com uma banda totalmente diferente? Ou para gravar vou manter a mesma banda, que deu certo?
E nos shows? Vou experimentar outro tipo de sonoridade, com outra formação de instrumentos?
Vou gravar mesmo um CD, afinal? Ou o novo projeto será baseado em shows, apenas?
Caso decida gravar um segundo disco, será que vou logo iniciar esta produção? Ou trabalharei mais o CD que já tenho? 
Será que vou produzir novamente no mesmo estúdio, com o mesmo produtor que me entendeu totalmente? Ou vou procurar outro tipo de produção, correndo o risco de não dar muito certo?
Na hora de gravar vou tentar fazer da forma mais barata possível, propondo permutas, ou vou manter a formalidade para não ter problemas de cobranças futuras? Vou fazer o financiamento coletivo mais uma vez, mesmo tendo atrasado em dois anos a entrega da recompensa (o CD)? Ou vou dispensar isso, para não me sentir em débito com ninguém, nem me pressionar internamente?
Vou conseguir levar meu trabalho de forma mais autossustentável? Ou vou continuar gastando bastante? Vou conseguir achar saídas? Vou conseguir pensar em soluções mais econômicas? Vou conseguir ser corajosa neste sentido, ou vou levar como está, carregando um grande peso, apenas para não sair da posição em que já estou (acomodada)?
Vou me sentir mais à vontade comigo, com os outros? Vou trocar mais com os outros cantores? Vou procurar saber como eles levam suas profissões, para me entender melhor? Vou cantar mais vezes com eles?
Vou trocar mais com outros compositores, propor parcerias? Vou sair mais do casulo? Vou ter a cara de pau que almejo ter?
Vou colocar a cara no mundo?
Vou entender finalmente como é que se faz isso? Cantar e levar a vida, sem peso? Sem tragédia? Com responsabilidade, esforço, dedicação e organização, mas com prazer sempre? 

Não por ser o último dia do ano. Mas porque me questionar é me permitir ser humana e não saber, simplesmente.

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